"Chez Alice" > O sável frito, com açorda de ovas (Lourinhã, 24 de janeiro de 2024) , ou com arroz de feijão (Quinta de Candoz, 30 de março de 2024)...
Blogue coletivo, criado e editado por Luís Graça, com o objetivo de ajudar os antigos combatentes a reconstituir o puzzle da memória da guerra da Guiné (1961/74). Iniciado em 23 Abr 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência desta guerra. Como camaradas que fomos, tratamo-nos por tu, e gostamos de dizer: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
sexta-feira, 12 de abril de 2024
Guiné 61/74 - P25376: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (45): "Chef" Alice, guardiã dos saberes (e dos sabores) culinários associados ao sável do Douro (que já não há): frito com açorda de ovas com com arroz de feijão, era a comida dos pobres, que não tinham a "burla", na Quaresma...
"Chez Alice" > O sável frito, com açorda de ovas (Lourinhã, 24 de janeiro de 2024) , ou com arroz de feijão (Quinta de Candoz, 30 de março de 2024)...
domingo, 31 de dezembro de 2023
Guiné 61/74 - P25020: No céu não hã disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (44): Bombons de Aguardente DOC Lourinhã e Tarte D. Isabel, da marca "Doce Lourinhã"
A tarte Dona Isdabel, um dos ex-libris da doçaria da Lourinhã .... Neste Natal trouxemos meia-dúzia de tartes para os fãs do Norte...
Os Bombons de Aguardente DOC Lourinhã... São de "morrer e chorar por mais"...
Imagens: cortesia de www.docelourinha.pt
1. Em matéria de "comes & bebes" (*), nada como acabar o amargo ano de 2023 com uma fatia da tarte D. Isabel e um bombom "Doce Lourinhã"...
Tel.: +351 910 121 280 (pastelaria) | Tel.: +351 918 710 871 (garrafeira).
- Os Bombons Artesanais “Doce Lourinhã” são confecionados com produtos de excelência. Como o Chocolate “VALRHONA”, considerado o melhor chocolate do mundo, e a “Aguardente DOC Lourinhã”, única em Portugal.
- Tarte D. Isabel | Esta saborosa tarte é confecionada com farinha selecionada, ovos frescos, Abóbora de qualidade e uma cobertura de Pevides que lhe dá um sabor único, original e inconfundível.
2. A Tarte D. Isabel concorreu, em 2019, às "7 MARAVILHAS DOCES DE PORTUGAL"
Lê-se na páginma do Facebook da Doce Lourinhã, em postagfem de 19 de março de 2019
Intitulado 7 Maravilhas Doces de Portugal, o programa e a sua organização destacam como factores distintivos o produto endógeno, a marca da terra, a preservação da qualidade dos ingredientes, promovendo assim a capacidade que o país tem de inovar e de se reinventar nas suas tradições. Tendo como base estes critérios, está inscrita para a concurso na categoria Doces de Inovação.
* A Tarte D. Isabel resulta na boca num estaladiço inicial dando valor justo à pevide de abóbora tostada, caramelizada obtendo várias emoções na sua consistência e sabor equilibrado. No final um suave doce adequado da sua massa areada com recheio de abóbora.
* Segundo as estatísticas das 44 mil toneladas de abóboras produzidas na Região Oeste, cerca de 74% é armazenada e comercializada por empresas localizadas no concelho da Lourinhã, sendo o concelho com maior importância nacional ao nível da produção de abóbora. Existem cerca de 1500ha de abóbora na região, cerca de mil ha estão na Lourinhã. Esta é uma das razões pela qual o desafio de utilizar a Abóbora no seu todo na confeção da Tarte D. Isabel.
Além disso o seu nome foi em homenagem a Isabel Mateus. Co-fundadora da associação que criou o Museu da Lourinhã, que em Paimogo, Lourinhã descobriu e estudou um dos maiores e mais antigos ninhos de dinossauros do mundo, com ovo e embriões, colocando assim a Lourinhã no mapa mundo da paleontologia. Autora do primeiro esboço para a construção de um novo museu que vinte anos mais tarde culminou na criação do DinoParque Lourinhã. Eleita personalidade do ano 1997 (Revista Expresso). Recebeu também um prémio de reconhecimento em 2017 (ADL- Associação Desenvolvimento Lourinhã) e medalha municipal de Honra, classe Ouro em 2018 (Câmara Municipal da Lourinhã)"
Nota do editor:
sexta-feira, 22 de dezembro de 2023
Guiné 61/74 - P24988: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (43): Arroz de moiras com grelos ("Chef" Alice)
Marco de Canveses > Paredes de Viadores > Candoz > Quinta de Candoz > 21 de dezembro de 2023 > O arroz de moiras com grelos,à moda da "Chef" Alice...Foto (e legenda): © Luís Graça (2023). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Estava precioso: tinha fígado e tinha moela: o seu perfume enternecia: três vezes, fervorosamente, ataquei aquele caldo.
− Também lá volto! − exclamava Jacinto com uma convicção imensa. − É que estou com uma fome... Santo Deus! Há anos que não sinto esta fome.
Foi ele que rapou avaramente a sopeira. E já espreitava a porta, esperando a portadora dos pitéus, a rija rapariga de peitos trementes, que enfim surgiu, mais esbraseada, abalando o sobrado - e pousou sobre a mesa uma travessa a transbordar de arroz com favas. Que desconsolo! Jacinto, em Paris, sempre abominara favas!... Tentou todavia uma garfada tímida - e de novo aqueles seus olhos, que o pessimismo enevoara, luziram, procurando os meus. Outra larga garfada, concentrada, com uma lentidão de frade que se regala. Depois um brado:
O bom caseiro sinceramente cria que, perdido nesses remotos Parises, o senhor de Tormes, longe da fartura de Tormes, padecia fome e mingava... E o meu Príncipe, na verdade, parecia saciar uma velhíssima fome e uma longa saudade da abundância, rompendo assim, a cada travessa, em louvores mais copiosos. (...)
Nota do editor:
segunda-feira, 9 de outubro de 2023
Guiné 61/74 - P24737: Coisas & loisas do nosso tempo de meninos e moços (7): O Pão que Deus Amassou (Joaquim Costa, Vila Nova de Famalicão)
Foto (e legenda): © Luís Graça (2012). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Vila Nova de Famalicão > c. meados dos anos de 1950 > A família Costa: foto nº 1A, da esquerda para a direita na fila de trás: José (pai) e Gracinda (Mãe), e a irmã Maria; na fila da frente o João (o Don Juan da família), a Noémia e o Joaquim, o mais novo.
(i) ex-fur mil at Armas Pesadas Inf, CCAV 8351 (Cumbijã, 1972/74);
(ii) membro da Tabanca Grande desde 30/1/2021, tem cerca de 7 dezenas de referências no blogue;
(iii) autor da série "Paz & Guerra: memórias de um Tigre do Cumbijã (Joaquim Costa, ex-mil arm pes inf, CCAV 8351, 1972/74)" (de que se publicaram 28 postes, desde 3/2/2021 a 28/7/2022), e que depois publicou em livro ("Memórias de um Tigre Azul - O Furriel Pequenina", por Joaquim Costa; Lugar da Palavra Editora, 2021, 180 pp);
(iv) tirou o curso de engenheiro técnico, no ISEP - Instituto Superior de Engenharia do Porto;
(v) foi professor do ensino secundário;
(vi) minhoto, de Vila Nova de Fmalicão, vive em Fânzeres, Gondomar.
Data - segunda, 2/10/2023, 11:38
Assunto - O Pão que Deus Amassou.Olám Luís,
Espero que tudo esteja bem contigo.
As histórias da nossa meninice estão a despertar a curiosidade dos nossos “tabanqueiros”! (*)
Deixo ao teu critério a oportunidade e interesse na publicação de mais este minha vivência no verde Minho.
Um abraço, Joaquim
“É o Senhor que faz crescer o pasto para o gado,
e as plantas que o homem cultiva,
para da terra tirar o alimento: o vinho, que alegra o coração do homem;
o azeite, que lhe faz brilhar o rosto,
e o pão, que sustenta o seu vigor.”
A Sexta Feira era o dia mais esperado. Dia de cozer uma fornada de pão para oito dias. Para além de ser o único dia da semana em que se comia pão fresco, era o dia em que eu começava a salivar logo pela manhãzinha pois não via chegar o momento de saborear a minha pequena malga de sopas de vinho tinto (sopas de cavalo cansado).
Ao contrária dos nosso netos, que julgam que tudo o que aparece nas superfícies comerciais é feito nas fábricas, no meu tempo, quando comia um “naco” de pão de milho sabia, melhor do que ninguém, como se chegou e este momento tão extraordinário de saborear esta dádiva da natureza.
A casa era rodeada por campos onde se cultivava, alternadamente, milho e centeio. Eu, da janela do meu quarto, acompanhava todo o ciclo, rendido à força e sabedoria do homem e aos milagres da natureza:
- era acordado pela alva com o som da charrua puxada por uma junta de bois lavrando a terra;
- acompanhava extasiado a sementeira manual com gestos precisos e elegantes;
- abria a janela todos os dias pela manhãzinha para ver o que a natureza tinha feito, durante a noite, à sementeira (às vezes, de madrugada, sorrateiramente abria a janela tentando surpreender a natureza vendo a semente romper a terra; como nunca vi ainda hoje penso que é um milagre);
- assistia à rega do milho abrindo e tapando carreiros, com a ajuda de uma enxada, onde passava um pequeno regato de água (contam-se histórias de morte, neste Minho de gente calma e serena, por causa desta água quando retida por vizinhos);
- caminhava por entre o milho, cortando uma espiga, ainda verde, para assar na lareira da cozinha;
- fumava (às escondidas) os primeiros “cigarros” com as barbas de milho já secas enroladas em papel;
- participava na apanha do milho, fazendo o trajeto para a eira em cima dos carros de bois com uma alegria espelhada no rosto que hoje até dói só de pensar;
- participava nas magníficas, e tão esperadas, desfolhadas, com muitas cantorias acompanhadas pelas tradicionais concertinas e gaitas de beiços (a que chamávamos harmónica), com muito vinho e presunto; i clímax destes momentos era quando alguém desfolhava um milho-rei, com os rapazes em êxtase dando beijos às cachopas solteiras;
- assistia à malha do milho com gestos precisos, coordenados e elegantes dos malhadores;
- acompanhava o moleiro carregando os sacos de milho do lavrador até ao moinho de água, construído num ribeiro afluente do Ave e acompanhava-o no regresso já com a cara e a roupa toda enfarinhada;
- ajudava a levar o moleiro em braços até à sua carroça, puxada por um elegante e inteligente cavalo, depois de adormecer, na taberna, bem bebido, e dar uma pancada certa no cavalo que o levava direitinho até casa, escolhendo o melhor caminho para não acordar o patrão.
Ainda hoje me comove ao ver na casa que foi dos meus pais, uma réplica de um jugo, feito por mim na aula de trabalhos manuais, que sempre me transporta para esses dias de grande felicidade. Como eram lindos os jugos, particularmente os utilizados nos dias de festa ou de feira.
Depois de todas estas tarefas do homem e do milagre da natureza, tudo ficava nas mãos da minha mãe:
- amassar a farinha numa masseira de madeira, fazendo uma reza e benzendo várias vezes a massa já devidamente posta em sossego, depois de uma valente coça;
- aquecer o forno com caruma (pruma) e carqueja apanhada nas bouças vizinhas (altura em que as matas estavam sempre limpas);
- meter toda a fornada no forno já quente e limpo, utilizando uma gamela de madeira para dar forma à broa;
- fechar o forno, tapar todas as frinchas com um material, que me escuso de desvendar evitando ferir a sensibilidade de leitores mais suscetíveis (sim!, é a bosta, com a sua licença, dos bois!), e mais uma reza e umas benzeduras.
Depois, o milagre acontece... com o pão, que “Deus” amassou... na malga embebido em vinho tinto: partia-se com a mão a broa quentinha e estaladiça, acabada de sair do forno, para uma malga onde se embebia em vinho verde tinto, ficava em sossego durante umas horas e ao fim da tarde era um regalo ver todos os meus irmãos a “lambuzarem-se” com tão extraordinária iguaria.
Eu não ficava de fora e tinha direito a uma pequena tigela, onde deitava um pouco de açúcar. Não estava autorizado a beber vinho mas estava autorizado, uma vez por semana, a comê-lo (gostava mesmo daquilo).
Crentes e não crentes, acreditem: Todas as sextas feiras havia “milagre”.
“Amen"
Lourinhã > Ribamar > Valmitão > 18 de Julho de 2009 > Dia de acender o forno a lenha, amassar a farinha, enfornar e cozer o pão de trigo... o delicioso pão de trigo da nossa infância. Ainda hoje há famílias que cozem o seu próprio pão, na região do oeste estremenho, como esta, a família do Ramiro Caruço e a Rosa, meus primos da grande família Maçarico, da vila de Ribamar... Voz off de Luís Graça, Alice Carneiro, Ramiro Carruço e uma neta do casal. A Rosa e eu temos antepassados comuns, conhecidos desde pelo menos meados do séc. XVIII.
Vídeo (2' 51''): © Luís Graça (2009). Todos os direitos reservados
Nota do editor:
(*) Último poste da série > 2 de outubro de 2023 > Guiné 61/74 - P24720: Coisas & loisas do nosso tempo de meninos e moços (6): Olha o ceguinho de um olho, é prà pulga e prà piolho! (Luís Graça, Lourinhã)
sexta-feira, 15 de setembro de 2023
Guiné 61/74 - P24655: Facebook...ando (35): A "morança" do pessoal do 19º Pel Art (obus 14), em Buba, onde se comia o melhor petisco da região, búzios de cebolada (António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 45613/72, Bula, 1973/74)
Guiné > Região de Quínara > Buba > 1ª C/BCAQÇ 4513/72 (BubA, 1973/74) e 19º Pel Art > A morança do pessoal da artilharia (obus 14)
Vd. poste de 15 de setembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24654: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (7): Quartel e tabanca de Buba, e rio Grande de Buba
sábado, 26 de agosto de 2023
Guiné 61/74 - P24591: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (42): Saudades da caldeirada de peixe de antigamente... Valha-me a "Chef" Alice e o "chef" Tony Levezinho
Lourinhã > "Chez Alice" > 25 de agosto de 2023 > O almocinho hoje foi caldeirada de peixe para seis, incluindo a neta, o filho, a nora e a vovó da Madeira
Foto (e legenda): © Luís Graça (2023). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Em matéria gastronómica, havia coisas na Guiné que eram um luxo, sendo difícil ao "pobre do vagomestre" fazer, já não digo uma surpresa, mas uma gracinha na messe (também já não falo do "rancho" onde se rapava fome...).
No mato, não havia carne decente, não havia bom peixe, muito menos marisco... Uma vez por outra, lá se arranjava um cabrito, um leitão, umas galinhas raquíticas... e alguma caça: gazela, lebre, galinholas, javali... Mas isso era só para alguns, servido como petisco "semi-clandestino", fora da messe ou do rancho... Para se comer um "bifinho com ovo a cavalo e batatas fritas"(supremo luxo de um operacional do mato!) só em Bafatá, Bissau e pouco mais...
Esses tempos de fomeca (houve gente que passou dois anos a comer arroz ou espargute com conservas...) vêm a propósito da carestia de vida hoje em dia: o preço do peixe disparou (e o melhor do peixe português vai para Paris, Roma, Madrid, Londres, Bruxelas...), o polvo, os moluscos, o marisco, etc. que eram comida dos pobres e servidos nas tabernas do meu tempo de infância e adolescència, tornou-.se proibitivo para a maior parte das bolsas portuguesas.
Ainda me lembro, no anos 50/princípios dos anos 60, da lagosta vendida na lota, em Porto das Barcas, Porto Dinheiro ou Paimogo a sete e quinhentos (escudos) o quilo (!), enquanto o tamboril se deitava fora, por ser muito feio, e por não ter valor comercial nem gastronómico... A sapateira, a santola, a navalheira, o polvo, os ouriços do mar, as lapas, os mexilhões, os percebes, as enguias, etc. não íam à mesa dos ricos...
Tudo isto para dizer que é difícil, hoje em dia, comer uma boa caldeirada de peixe, num bom restaurante à beira mar, com cheirinho a maresia, a não ser pagando uma boa nota preta...
Por isso eu prefiro ir ao "Chez Alice": com très ou quatro qualidades de peixe (raia, safio da barriga, cação, etc.), mais uns camarões, umas navalheiras e umas amêijoas para pôr no fundo do tacho e "não deixar torrar", faz-se uma caldeirada de cinco estrelas, mesmo assim relativamente económica e de fazer criar água na boca...
Claro, a batata tem que ser boa, e a Lourinhã, nessa matéria, é umas das melhores terras não só de Portugal como da Europa para produzir batata (de diversas qualidades)... Caldeirada com batata de puré é uma desgraça!... O resto é o gémio culinário do/a nosso/a chef(s)... Neste caso, a Alice (que aprendeu com a minha mãe a cozinha estremenha).
E, por favor, não estraguem a caldeirada adicionando-lhe umas sardinhas... gordas!... É um desastre culinário... Adoro a sardinha (que é também do mar do Cerro, Lourinhã, e desembarcada em Peniche), mas só grelhada, com uma batatinha e pimentos ou até só com uma boa fatia de pão caseiro, comida de preferència na Tabanca do Atira-te ao Mar...
Bom apetite!
PS1 - Estou à espera da caldeirada do Tony Levezinho, que tem ganho prémios nas festas dos pescadores em Sagres!... Ele prometeu vir aqui um dia à Lourinhã mostrar os seus dotes culinários (que de resto já tinham alguma fama em Bambadinca e que nós temos mostrado no blogue)...
PS2 - Com os restos da caldeirada (a "auguinha") faz-se uma sopa de peixc divinal para se comer à noite!... De massinhas. Picantezinha, como convém...
____________Último poste da série : 20 de agosto de 2023 > Guiné 61/74 - P24571: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (41): "Frutos do mar" de Narvik, Noruega e... bifinho de novilho de alce de Kiruna...(Mas tenho inveja das nossas muito especiais amêijoas...) (José Belo, Suécia)
domingo, 20 de agosto de 2023
Guiné 61/74 - P24571: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (41): "Frutos do mar" de Narvik, Noruega e... bifinho de novilho de alce de Kiruna...(Mas tenho inveja das nossas muito especiais amêijoas...) (José Belo, Suécia)
Foto (e legenda): © José Belo (2023). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Data - 20 ago 2023 2:23
Assunto . Petiscos e…inveja!... Principalmente inveja das amêijoas!
A lagosta, os lagostins e o camarão do Mar do Norte são fantásticos, não lhes ficando atrás o enorme mexilhão.
Tudo comprado em mercado no próprio cais.
Um grande abraço, JBelo
- Frutos do Mar, Porto das Barcas, Atalaia,
- Concha Mar, Lourinhã, Portimão e MARL
- Mar Belo, Estrada Nacional 361, n.º 142, 2530-441 – Miragaia
Guiné 61/74 - P24569: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (40): Comidinhas de verão: amêijoas, atum fresco e salada... ("E quando os coentros no Norte sabiam a "fedelho" e não iam à mesa do rei?!")
Fica aqui mais a sugestão gastronómica de verão do nosso "vagomestre de serviço", mesmo que os ingredientes estejam mais caros do que no ano passado (o atum, as amêijoas, até a batata e a cebola). Mas já que falamos de batata, tenho que deixar aqui o sítio de um homem da minha terra, o Raul Reis, do Sobral, Lourinhã, que fala "de cátedra" sobre a(s) batata(s) do nosso contentamento (era um luxo na Guiné, no nosso tempo). Batata Ratte, batata olho de perdiz, batata raiz-de-cana, batata Asterix... Tudo produtos "gourmets"...
Amigos e camaradas, boa continuação do verão, bebam água, protejam-se do sol (que também faz bem aos ossos), cuidado com as insolações e o cancro de pele... e sobretudo com as minas & armadilhas espalhadas ao longo do troço da picada que nos falta palmilhar neste terço da vida.
Continuamos, entretanto, à espera que os outros nossos 'vagomestres' nos mandem ao menos as fotos dos seus "petiscos de verão"... Comam bem o que bem vos apetecer (e se puderem...), mas não se esqueçam de partilhar as vossas fotos... gastronómicas (LG).
fedelho|â|ou|ê|
(fe·de·lho)
Regionalismo | Entomologia
Inseto hemíptero (Nezara viridula), de cor verde, que liberta um cheiro desagradável quando se sente ameaçado.
nome masculino
1. Criança que ainda cheira a cueiros.
2. Jovem muito novo.
3. Criança traquinas ou impertinente. = Badameco
4. [Regionalismo] [Entomologia] Inseto hemíptero (Nezara viridula), de cor verde, que liberta um cheiro desagradável quando se sente ameaçado. = Percevejo-do-Monte, Percevejo-Verde
"fedelho", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/fedelho.
Último poste da série >: 19 de agosto de 2023 > Guiné 61/74 - P24568: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (39): Lagoa de Óbidos, Bom Sucesso: Enguias fritas no "Covão dos Musaranhos"
sábado, 19 de agosto de 2023
Guiné 61/74 - P24568: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (39): Lagoa de Óbidos, Bom Sucesso: Enguias fritas no "Covão dos Musaranhos"
Lagoa de Óbidoa > Bom Sucesso > Restaurante, bar e esplanada Covão dos Musaranhos : 19 de agosto de 2023 > Uma dose de enguias fritas, com alho e molho especial... Só comidas com pãozinho, e acompanhadas com um copo de branco.
Fotos (e legenda): © Luís Graça (2023). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça
1. O verão puxa aos petiscos. E de preferência com sabores a mar. Ainda hoje descobri aqui um sítio convidativo ao convívio e ao petisco, o restaurante, bar e esplanada sobranceiro à lagoa de Óbidos, no Bom Sucesso, Vau, Óbidos, o "Covão dos Musaranhos"...
Fica aqui a sugestão do nosso "vagomestre de serviço".
Amigos e camaradas, b0m verão, e que Deus Nosso Senhor não vos tire o apetite...
Continuamos à espera que os nossos 'vagomestres' nos mandem ao menos as fotos dos seus "petiscos de verão"... Comam bem (o que não quer dizer muito...) e partilhem ao menos a vossa fotogaleria... gastronómica. (LG).
_____________
Nota do editor:
Último poste da série > 21 de julho de 2023 > Guiné 61/74 - P24492: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (38): O arroz de lingueirão à moda de Candozsexta-feira, 21 de julho de 2023
Guiné 61/74 - P24492: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (38): O arroz de lingueirão à moda de Candoz
(lin·guei·rão)
nome masculino
1. Língua grande.
2. [Zoologia] Molusco acéfalo bivalve, com concha retangular estreita e longa. = Canivete, Ligueirão,Lingueirão-de-Canudo,Longueirão, Navalha, Navalheira.
"lingueirão", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/lingueir%C3%A3o#google_vignette.
Último poste da série > 5 de julho de 2023 > Guiné 61/74 - P24451: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (37): A batatada de peixe seco... da Marquiteira, Lourinhã
quarta-feira, 5 de julho de 2023
Guiné 61/74 - P24451: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (37): A batatada de peixe seco... da Marquiteira, Lourinhã
Fotos (e legenda): © Luís Graça (2023). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
Aqui, não, o povo é mais pacífico, ninguém anda a guerrear-se com tomates nem muito menos com batatas... Aqui dá-se ao dente... A batatada (de peixe seco) é um prato tradicional, rústico, pantagruélico, primitivo, dos povos da beira-mar do concelho da Lourinhã, muito apreciado ainda hoje em terras como Atalaia, Marquiteira, Ribamar, Ventosa... Era comida do inverno, quando faltava o peixe fresco. Mas também se cozia e servia no "campo", quando os trabalhos agrícolae exigiam mais mão de obra. É pena que ainda não haja, na Lourinhã, uma confraria da batatada de peixe seco (*).
(*) Vd. poste de 30 de julho de 2019 > Guiné 61/74 - P20022: Os nossos seres, saberes e lazeres (346): Viva a confraria da batatada de peixe seco (Luís Graça)
sexta-feira, 9 de junho de 2023
Guiné 61/74 - P24380: (In)citações (247): Já comíamos ostras em Empada, em junho de 1969: abertas em chapa quente com o lume por baixo e passando depois pelo picante e limão... (José Manuel Samouco, ex-fur mil, CCAÇ 2381, 1968/70)
Data - 8 jun 2023 16:24
Assunto . Ainda as ostras (*)
Boa tarde, Luís
Quando se fala de ostras até parece que sou dependente!
Resolvi escrever um pequeno texto, recordando coisas boas da Guiné.
Como é normal só publicam se entenderem, o mesmo com as fotos de Empada.
Um abraço,
Ainda as Ostras ! Empada, Junho de 1969 (**)
Finalmente os “Maiorais” reunem-se depois de praticamente 12 meses espalhados por onde havia guerra.. Não que em Empada não houvesse guerra. Mas agora com a Companhia reunida, tinhamos a sensação de estar ainda mais fortes.
Alguém, entretanto regressado falou em ostras e como se devem comer e como as arranjar. Em Bissau são abertas em água quente como se fosse berbigão. e ficavam muito bem. Mas, boas, boas, são abertas em chapas quentes com o lume por baixo e passando depois pelo picante e limão.
Foi como uma novidade que veio para ficar. Praticamente todas as semanas começaram a chegar em doses tais, que nem entravam na messe dos Sargentos. Numa das fotos que envio até o chefe de posto de Empada (foto nº 1) veio sentar-se junto de nós.
Em 2015 voltei à Guiné, agora Guiné-Bissau, com camaradas da Tabanca de Matosinhos e até parece que as ostras estavam à minha espera. Foi um matar de saudades das ostras e ver calmamente a Guiné por onde tinhamos andado de G3.
Em 2017 voltei às ostras. Quinhamel esperava por mim.. Que maravilha.. A factura não engana. 4 pessoas :
1 euro = 657,26 Franco CFA (BCEAO) em 14 março de 2017.
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 7 de junho de 2023 > Guiné 61/74 - 24376: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (36): As ostras do nosso (des)contentamento (Hélder Sousa / Luís Graça / José João Domingos / Valdemar Queiroz)