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quarta-feira, 27 de março de 2024

Guiné 61/74 - P25310: Os 50 anos do 25 de Abril (5): Exposição de fotografias de Alfredo Cunha, Galeria Municipal Artur Bual, Jan-jun 2024: "25 de Abril de 1974, Quinta-feira"


Cartaz da exposição. Gravura de Alexandre Farto / Vhils (capa do livro do Alfredo Cunha, com o mesmo título: "25 de Abril de 1974, Quinta-feira" ( Lisboa, Tinta da China, 2023)


Exterior da Galeria Municipal Artur Bual, Amadora


Interior da exposição (i) 


Interior da exposição (ii) 


Interior da exposição (iv) 


Cartaz de rua (detalhe)


Fotograma (1)


Fotogramaa (ii)





Excerto do  texto do jornalista 
 Luís Pedro Nunes


Fotograma (iii): Excerto de texto do Carlos Matos Gomes


Interior da exposição (iv)

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2024). Todos os direitos reservados. [Edição:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Está a decorrer, na Galeria Municipal Artur Bual, na Amadora, a exposição "25 de Abril de 1974, Quinta feira.
 Fotografias de Alfredo Cunha". Multimédia e música de Rodrigo Leão. 

A exposição termina em meados de Junho de 2024.
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Nota do editor: 

Último poste da série > 25 de março dfe 2024 > Guiné 61/74 - P25307: Os 50 anos do 25 de Abril (4): "Geração D - Da Ditadura À Democracia", por Carlos Matos Gomes; Porto Editora, 2024 (2) (Mário Beja Santos)

sábado, 23 de março de 2024

Guiné 61/74 - P25301: Agenda cultural (851): "Noite de Solidão no Capim", peça de teatro da autoria de Castro Guedes, levada à cena pela Companhia de Teatro Seiva Trupe. Pode ser vista na Sala Estúdio Perpétuo, no Porto, até ao próximo dia 27 de Março (Jaime Bonifácio Marques da Silva)


1. Mensagem de Jaime Bonifácio Marques da Silva (ex-Alf Mil Paraquedista, BCP 21, Angola, 1970/72) com data de 22 de Março de 2024: 

Luís
Vai, aqui, uma pequena referência à peça de teatro sobre a Guerra Colonial que vimos no Porto, na passada 2.ª feira dia 11.3.24 na Sala Estúdio Perpétuo. “Noite de Solidão no Capim”.

Para mim, foi um momento interessante de revisitação e memória. Não esqueço as noites infindas a dormir no mato, tendo por companhia os ruídos da natureza, a incerteza da morteirada que poderia rebentar a qualquer momento ou a surpresa que nos poderia reservar o amanhecer do dia seguinte, quando o meu pelotão teria de iniciar a progressão rumo ao objetivo IN. Só nos breves momentos – de absoluta solidão no meio daquele - nada – à noite, quando, no Leste de Angola, tentando dormir e, deitado de costas sobre o capim enrolado no cobertor e no impermeável, contemplava o universo estrelado, duma beleza indescritível, é que conseguia esquecer a guerra em que estávamos atolados e evadir-me dali.

Enfim, as memórias são como as cerejas!... Quando puxas uma…

A peça, “Noite de Solidão no Capim”, levada á cena pela companhia de teatro Seiva Trupe, foi escrita e dirigido por Castro Guedes e conta com a interpretação dos atores Óscar Branco e Fernando André, acompanhados pelo cenário sonoro concebido pelo músico Fuse.

- O personagem Kizua, Óscar Branco, interpreta um soldado Flexa (tropa especial da dependência da PIDE (DGS, em Angola) que, de Kalashnikov na mão, dá de caras com um militar do exército (Fernando André) que empunhava uma G3.
Do iminente confronto inicial – quem dispara primeiro? – prevaleceu, depois, o diálogo e, após algumas cervejas pelo meio, a amizade e despedem-se os dois, ao alvorecer, a cantar a Internacional.

Nota: os textos que se seguem, foram editados pela – Seiva Trupe.

Se considerares que tem interesse divulga
Abraço para ti e a Alice e boa estadia aí em Candoz
Jaime


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“A trama desenrola-se em África, numa ex-colónia portuguesa, na fatídica noite de 24 para 25 de Abril de 1974. No meio do capim, ocorre um encontro inesperado entre Kizua e Pedro, dois homens em farda militar, cada um com suas próprias incertezas, medos e memórias. Entre cervejas, cigarros e uma teia de diálogos carregados de tensão, os personagens compartilham reflexões sobre saudade, medo da morte, preconceitos morais e a absurda realidade da guerra.

À medida que a noite avança, a incerteza do que o amanhecer trará gera uma atmosfera de suspense e desconfiança mútua. No entanto, um momento de descoberta inesperada, catalisado pela notícia do que se passa em Lisboa, leva os protagonistas a uma reflexão profunda sobre a humanidade e a irmandade em tempos de conflito.”

“A companhia de teatro Seiva Trupe está de regresso com “Uma Noite de Solidão no Capim”. “É uma abordagem sem complexos à guerra colonial”, como afirma Castro Guedes, autor do texto e encenador da peça que estreia na próxima quinta-feira (7), na Sala Estúdio Perpétuo. Vai estar em cena até ao Dia Mundial do Teatro, 27 de março, para depois seguir em digressão pelo país.

O espaço é África, algures no meio do capim. O tempo é a célebre noite de 24 para 25 de Abril de 1974. E a ação é desencadeada por um acontecimento inesperado: o encontro de um africano, interpretado por Óscar Branco, e um caucasiano, por Fernando André, ambos em fato militar. Dois homens de ideias e lutas opostas confrontam-se sozinhos no meio do Capim.

O medo da morte e do próprio capim escuro onde se encontram leva-os à cooperação e ajuda mútua. E de uma suposta relação de conflito nasce uma amizade e empatia pelo outro. Os preconceitos morais e as barreiras sociais desaparecem nesta peça, que explora o acesso à humanidade do outro ainda que em lados opostos da guerra.

Nesta situação paradoxal assistimos a este encontro entre um africano que é soldado e integra o exército colonial português, e um caucasiano que é oficial de baixa patente (ou miliciano). Sozinhos no capim, depois de um sentimento inicial de medo e desconfiança, “compartilham cigarros. Compartilham até liamba, que se fumava muito na guerra. Compartilham as histórias das famílias, das terras de onde vieram, dos seus familiares. Compartilham cervejas e compartilham o espaço, as estrelas, os pássaros à noite, que em África são exuberantes”, explicou o encenador Castro Guedes ao JPN. É através “destas coisas simples da vida” que a amizade nasce, acrescentou.

No meio disto tudo, o medo diminui e a noção do absurdo da guerra só aumenta. Depois, surge um rádio. O rádio que relata o que se está a passar em Lisboa na noite de 24 para 25. Anuncia-se a liberdade. Se antes a guerra era por motivos não justificáveis, agora era claramente por uma causa perdida e passada. E, então, acontece o êxtase. Abraços. Talvez beijos de entusiasmo? O certo é que a intensidade de emoções tomará conta do palco.

Dois homens de lados opostos, se colocados no mesmo espaço, sozinhos e confrontados com a presença só um do outro, serão capazes de aceder à humanidade um do outro? Para Castro Guedes, sim. “O essencial é que um homem mais um homem não faz a guerra, faz a a amizade“, disse. Existem “belíssimas amizades” que se “sobrepõem a ideias”, exceto em casos extremos, como exemplifica com o fascismo, nazismo e estalinismo.

Depois da estreia no Porto, a peça segue, em abril, para Santa Maria da Feira e, depois, para Freamunde. Em maio, chega às Caldas da Rainha e, em setembro, a Vila Praia de Âncora. “

Editado por Inês Pinto Pereira

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Nota do editor

Último post da série de12 DE MARÇO DE 2024 > Guiné 61/74 - P25266: Agenda cultural (850): Síntese da apresentação do livro "MARGENS - VIVÊNCIAS DE GUERRA", da autoria de Paulo Cordeiro Salgado, ex-Alf Mil Op Especiais da CCAV 2721 (Olossato e Nhacra, 1970/72), que esteve a cargo do Coronel António Rosado da Luz (Paulo Salgado)

terça-feira, 12 de março de 2024

Guiné 61/74 - P25266: Agenda cultural (850): Síntese da apresentação do livro "MARGENS - VIVÊNCIAS DE GUERRA", da autoria de Paulo Cordeiro Salgado, ex-Alf Mil Op Especiais da CCAV 2721 (Olossato e Nhacra, 1970/72), que esteve a cargo do Coronel António Rosado da Luz (Paulo Salgado)


1. Mensagem do nosso camarada Paulo Salgado (ex-Alf Mil Op Esp da CCAV 2721, Olossato e Nhacra, 1970/72), autor do livro, "Margens - Vivências De Uma Guerra, com data de 10 de Março de 2024:

Caro Luís Graça e Coeditores
Seria interessante que o comentário a este livro MARGENS – VIVÊNCIAS DE UMA GUERRA, cuja apresentação foi feita pelo capitão de Abril, Coronel António Rosado da Luz, fosse elaborado por um dos nossos editores que saberiam escolher os trechos para o Blogue.
Sei, ainda, que o Mário Beja Santos, sempre presente nestas andanças, e carregado dos seus valores, fará uma abordagem à sua maneira.

Transcrevo parte desta apresentação, que me pareceu relevante para o nosso Blogue. De um grande capitão de Abril, cidadão interventivo e activo. Já agora: Este livro é dedicado aos capitães de Abril. No cinquentenário do 25 de Abril.

Paulo Salgado



"Margens – Vivências de Guerra"
Autor - Paulo Cordeiro Salgado

Apresentação pelo capitão de Abril
Coronel António Rosado da Luz

"Foi a primeira vez que me convidaram para APRESENTAR UM LIVRO.
Seguindo a “palavra de ordem” fundamental de “um tropa”,… lá tive que me “desenrascar” …

Nos tempos presentes, por opção, por força das circunstâncias e também por prazer e autorrealização pessoal, a atividade que ocupa 90% do meu tempo é ler.
Ler, estudar, investigar e escrever. E, ler este livro, deu-me imenso prazer por três razões, que me fazem ficar imensamente grato, quer ao Mário Tomé que sugeriu, quer ao Paulo Cordeiro Salgado que aceitou, terem-me proporcionado o imenso prazer de ler, em primeira mão, este livro.

A primeira dessas razões foi a de me terem dado oportunidade para me “desviar” dos temas quase obsessivos que ocupam a minha mente, permitindo-me regressar, por algum tempo, àquilo que posso denominar de “leitura lúdica”.


A segunda, pelo facto dos vários “planos”, logo anunciados no “preâmbulo” do livro, em que o autor decidiu “dar forma” ao tema central desta sua obra, me terem ajudado a refrescar a minha própria abordagem dos tais temas obsessivos que me ocupam a mente.

A terceira e mais importante razão para lhes estar grato é o imenso prazer… e até alguma emoção, …que são proporcionados pela leitura deste livro. O autor escreve, não só com arte, aquela arte de domínio da palavra que nos encanta ler, como escreve com alma, pois consegue pôr – e transmitir - emoção naquilo que escreve.


Mas este não é APENAS, ou, SOBRETUDO, não é um livro de memórias.
É um livro onde as emoções e as reflexões em torno dos dramas e das violências da GUERRA, da VIDA e da MORTE, se espraiam pelo AMOR, pela AMIZADE e pela SOLIDARIEDADE, mas também pela HISTÓRIA, pela POLÍTICA e por essa entidade mítica que nos condiciona, que nos abriga e que “somos”, que é PORTUGAL.

Embora não seja essa a forma como o livro está estruturado, podemos dividir o OBJETIVO do AUTOR em três “tempos”.


O primeiro “tempo” decorre nos dois primeiros anos da década de setenta. O autor deste livro, Paulo Cordeiro Salgado, que era na altura o Alferes miliciano mais antigo de uma companhia sediada no Olossato, a 27 quilómetros da fronteira com o Senegal e situada numa das zonas de guerra mais acesa, do Teatro de Operações da Guiné-Bissau, vê-se de repente, investido nas funções Comandante dessa Companhia, por morte, em combate, do Capitão que a comandava. Até à chegada de um novo Capitão que irá comandar a Companhia (que aqui está hoje presente entre nós) é ele, jovem de vinte e poucos anos, sem qualquer formação ou experiência para tal, que vai passar a ser O SENHOR, quase absoluto, de vida e de morte, sobre uma enorme área geográfica e sobre centenas ou milhares de seres humanos que nela vivem, ou são obrigados a isso.

A missão que lhe impõem é fazer a guerra. Fora mobilizado para ir para aquela guerra pela força de uma Lei, feita por um regime ditatorial, com o qual ele não concordava, para ir combater numa guerra, com a qual ele discordava totalmente. E ali estava agora ele, para matar ou morrer, pessoas que ele naturalmente respeitava como seus irmãos e contra as quais ele não tinha quaisquer motivos para tal. E, a grande maioria das cerca de duas centenas de militares que ele agora comandava, estavam na mesmíssima situação.

Mas há neste livro um segundo “tempo”.

Vinte anos após o fim da sua comissão, a intensidade dos dramas nela vividos pelo Paulo Cordeiro Salgado colaram-se-lhe de tal maneira à pele que ele não conseguiu mais reprimir a necessidade de “ajustar contas com o passado” e regressou à Guiné. Mas desta vez regressou para fazer o oposto da guerra. Regressou como cooperante.
Regressou, não só pela necessidade de se reconciliar consigo próprio, fazendo a sua catarse, como por ter ficado a amar, para sempre, aqueles povos, aquelas paisagens, aquela África.

Como eu compreendo o autor.


Finalmente, o terceiro “tempo” passa-se, 54 anos depois da sua primeira chegada às matas, às bolanhas e aos enormes rios da Guiné que alargam e encolhem duas vezes por dia. Passa-se nos nossos dias. E é nesse terceiro “tempo” deste livro, que se entende com toda a clareza o OBJETIVO do autor, pois é nele que Paulo Salgado, com os pés assentes no presente, resolve olhar para o passado, para o presente e para o futuro, escrevendo este livro.

É agora, 54 anos depois, que ele volta a olhar para os dramas dos “tempos da guerra”, daquela guerra onde ele combateu e, duas décadas depois, para os “tempos da reconciliação”, da reconciliação consigo próprio, com África e com os povos, que ele combateu, mas amou desde o primeiro momento.

E é aí que as reflexões que o autor vai fazendo ao longo do livro ganham um “outro patamar” de interesse. É aí que este livro deixa de ser um “livro de memórias” virado para o passado, para ter uma atualidade dramática.
É que, nesta segunda década do século XXI a que alguns homens desse tempo conseguimos chegar, não só a guerra volta a ser, infelizmente, o tema central do futuro das nossas vidas, como as esperanças de Liberdade e de Democracia, de Fraternidade, de Solidariedade e de Igualdade, quer dos nossos povos irmãos, quer do mundo em geral, começam todos a ser postos em causa.


E é aí, que as reflexões que o autor vai hoje fazendo, ao olhar para as suas vivências de há 54 e 34 anos, ganham um terceiro e mais importante patamar de interesse.

É que este livro é publicado no ano em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril».

António Rosado da Luz
10.03.2024

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Nota do editor

Vd. post de 21 DE FEVEREIRO DE 2024 > Guiné 61/74 - P25195: Agenda cultural (849): Lançamento do livro "MARGENS - VIVÊNCIAS DE GUERRA", da autoria de Paulo Cordeiro Salgado, ex-Alf Mil Op Especiais da CCAV 2721 (Guiné, 1970/72), dia 8 de Março de 2024, pelas 17h30, na sede da Associação 25 de Abril, Rua da Misericórdia, 95, Lisboa. Apresentação a cargo do Coronel António Rosado da Luz (Paulo Salgado)

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25195: Agenda cultural (849): Lançamento do livro "MARGENS - VIVÊNCIAS DE GUERRA", da autoria de Paulo Cordeiro Salgado, ex-Alf Mil Op Especiais da CCAV 2721 (Guiné, 1970/72), dia 8 de Março de 2024, pelas 17h30, na sede da Associação 25 de Abril, Rua da Misericórdia, 95, Lisboa. Apresentação a cargo do Coronel António Rosado da Luz (Paulo Salgado)

1. Mensagem do nosso camarada Paulo Salgado (ex-Alf Mil Op Esp da CCAV 2721, Olossato e Nhacra, 1970/72), autor dos livros, "Milando ou Andanças por África""Guiné, Crónicas de Guerra e Amor" e "7 Histórias para o Xavier", com data de 21 de Fevereiro de 2024:

Caros Editor e Coeditores,
É isto, meus caros: será que a catarse foi completamente feita? Não me interessa. O que inquieta a minha escrita é saber do Outro, daquele que me acompanhou, cá e lá, nas andanças de uma guerra que foi imposta. Vivências. Sim, vivências do Outro em mim. Vivências de mim no Outro.

Porventura, será o meu último livro, substantivamente memorialista, sobre o modo como eu vivi a Guerra Colonial. Curiosamente: em guerra – na Guiné; em cooperação – na Guiné-Bissau. Já agora, passe a imodéstia: louvado em campanha e louvado pelo Ministério da Saúde da República da Guiné-Bissau...

Uma saudação bloguista.
Paulo Salgado


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C O N V I T E

Lançamento do livro "MARGENS - VIVÊNCIAS DE GUERRA", da autoria do nosso camarada Paulo Cordeiro Salgado, ex-Alf Mil Op Especiais da CCAV 2721, a ter lugar na sede da Associação 25 de Abril, no dia 8 de Março, pelas 17h30, com apresentação do Coronel António Rosado da Luz.

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Nota do editor

Último post da série de 11 DE DEZEMBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24942: Agenda cultural (848): dia 14, no Centro Científico e Cultural de Macau, o nosso camarada António Graça de Abreu vai apresentar o seu trabalho de tradução dos 170 poemas do poeta chinês 苏东坡 (Su Dongpo, 1037-1101), "um dos grandes génios da poesia universal"

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24973: Facebook...ando (47): José Claudino da Silva, "o Puto de Senradelas": o novo livro de memórias, apresentado no passado dia 15, na sua terra natal, Penafiel







Penafiel > Biblioteca Municipal > 15 de dezembro de 2023  > Apresentaçáo do último livro de José Claudino da Silva, "O Puto de Senradelas". Teve um momento musical, a cargo do Grupo dos Amigos da Viola Amarantina.

Fotos: Cortesia dos Amigos da Biblioteca de Penafiel (com a devida vénia...)


1. O nosso camarada José Claudino da Silva (ex-.º cabo cond auto, 3.ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74); membro da Tabanca Grande desde 18/10/2017; com mais de 54  referências no blogue;  autor da série "Ai, Dino, o que te fizeram!... Memórias de José Claudino da Silva" , de que se publicaram mais de 70 postes; nascido em Penafiel, em 1950; reside em Amarante) acaba de publicar mais um livro, "O Puto de Senradelas", neste caso de memórias de infância e adolescescència, pelo que se depreende de alguns excertos publicados ma sua página no Facebook.

Da sessão de lançamento, realizada na Biblioteca Municipal de Penafiel, no passado dia 15 de dezembro, apresentamos algumas fotos (cortesia da página do Facebook dos Amigos da Biblioteca de Penafiel) (*)

Os “tampos” e a política,

Pelo Puto de Senradelas



A camisola feita pela minha avó,
no Natal de 1968,
é que deu classe
ao Puto de Senradelas
(Página de Facebool do autor,
8 de dezembro de 2023) 

Na minha adolescência adorava os bailes que se realizavam nos salões dos bombeiros, nos salões paroquiais, nas vindimas e desfolhadas, ou aonde houvesse uma concertina ou gira-discos.

Lembro-me principalmente das centenas de “tampos” que levava, das raparigas que se recusavam a dançar comigo.
 
Eu, qual Benjamim armado em dançarino, ficava encostado num canto, sentindo-me o bobo do baile. Quando alguma rapariga, por pena, aceitava dançar comigo, de tão nervoso, nem o ritmo do tango ou do passo-doble acertava.

Na minha vaidade de adolescente, interrogava-me constantemente das razões de levar tantos “tampos”.
Finalmente descobri!
 
Descobri que na minha ânsia de dançar, convidava qualquer uma, por azar, normalmente nem eram as mais bonitas, embora fossem as que dançavam melhor.
 
Ora, quando convidava alguma das mais bonitas, elas ao perceberem que primeiro eu convidara as mais feias, não aceitavam, e pior, olhavam para mim com tal sobranceria que eu me afundava no soalho do salão.

A partir dessa constatação passei a convidar, sempre em primeiro lugar, a mais bonita. Achava eu que depois, todas as outras, aceitariam dançar comigo. Enganei-me redondamente e passei a levar “tampos”, dumas e doutras, até que me habituei e deixei de me importar.

Alguns anos mais tarde, quando julgava já ter experiência a escolher com quem dançar, escolhi em primeiro lugar os políticos feios e levei “tampos” dos bonitos. Em seguida, escolhi políticos bonitos e levei “tampos” dos feios.

A estas situações ainda não consegui habituar-me. Só que agora há dez milhões a levar “tampos” como eu, e, isso, independentemente da escolha que façamos.

O Puto de Senradelas

(Fonte: José Claudino Silva, página do Facebook, 12 de novembro de 2023)

(Revisão / fixação de texto: LG)
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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24942: Agenda cultural (848): dia 14, no Centro Científico e Cultural de Macau, o nosso camarada António Graça de Abreu vai apresentar o seu trabalho de tradução dos 170 poemas do poeta chinês 苏东坡 ( Su Dongpo, 1037-1101), "um dos grandes génios da poesia universal"


Su Dongpo 苏东坡


1. Mensagem do nosso camarada António Graça de Abreu ( ex-alf mil, CAOP1, Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74), sínólogo, tradutor, escritor:

Data - terça, 5/12, 13:54 (há 5 dias)

Assunto -Lançamento Poemas de Su Dongpo


Su Dongpo 苏东坡


Eça de Queirós (1845-1900), um dos Vencidos da Vida, também escreveu:

 "Para um homem o ser vencido ou derrotado na vida depende, não da realidade aparente, a que chegou, mas do ideal íntimo a que aspirou." 

O meu ideal íntimo não é mais acreditar na bondade dos homens, é, trespassado pela desilusão, mas não vencido nem gotejando lágrimas, viver ainda memórias da alegria (desculpa Eugénio de Andrade!) e, de quando em quando, cantar essa mesma alegria. 

Tenho por companhia os grandes poetas chineses, seis já por mim traduzidos para português, Li Bai, Wang Wei, Du Fu, Han Shan, Bai Juyi, mais uma Antologia com quinhentos poemas chineses. 

Na próxima semana vou apresentar no Centro Científico e Cultural de Macau, o meu novo poeta, o sexto, em novo livro, Su Dongpo (1037-1101), 50 páginas de um elaborado prefácio, 170 poemas de um dos grandes génios da poesia universal. 

Foram três anos de trabalho. Fascínios, enriquecimento, duro labor, a magia das palavras. Que maravilha!

Estão todos convidados. O livro, publicado pela Editora Grão-Falar, de Carlos Morais José, será apresentado pela sinóloga Ana Cristina Alves. Eu próprio vos levarei também a conversar com Su Dongpo.

António Graça de Abreu

Centro Científico e Cultural de Macau, Rua da Junqueira, 30, Quinta-feira, 14 de Dezembro, às 17,30. Sejam Bem Vindos.


水调 歌头
丙辰中秋
欢饮达旦
大醉
作此篇,
兼怀子由
明月几时有?
把酒问青天。
不知天上宫阙  
                                             


今夕是何年 
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我欲乘风归去,
又恐琼楼玉宇,
高处不胜寒。
起舞弄清影,
何似在人间。
转朱阁,
低绮户,
照无眠。
不应有恨,
何事长向别时圆?
人有悲欢离合,
月有阴晴圆缺,
此事古难全。
但愿人长久,
千里共蝉娟。



Festa do Meio Outono


Na Festa do Meio Outono,
bebi alegremente até de madrugada e escrevi este poema pensando no meu irmão Su Zhe.


A lua brilhante, quando nasceu?
De taça na mão, questiono a escuridão azulada do céu.
Esta noite nem sei qual o ano
que se vive lá em cima, nos palácios celestiais.
Gostava de poder voar com o vento
mas receio as torres de cristal, as cortes de jade,
entre alturas glaciais congelaria até à morte.
Melhor dançar na companhia da minha pobre sombra,
voltear à vontade pelo mundo dos homens.
Caminho em volta do pavilhão carmesim,
olho através de cortinados de gaze.
A lua brilha, não quer adormecer
nada entende de tristezas
porque permanece cheia quando da separação dos amantes?
Nas gentes, a dor da despedida, a alegria do reencontro,
a lua clara ou escura, minguando, crescendo.
A imperfeição existe desde o início dos séculos.
Meu único desejo, uma vida longa,
separados por duzentas léguas, fruindo o luar.

Su Dongpo, em 1076.

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Nota do editor:

Ultimo poste da série > 10 de dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24939: Agenda cultural (847): Convite do Centro Científico e Cultural de Macau: 5ª feira, 14, às 17h30, lançamento do livro "Poemas de Su Dongpo" (1037-1101), tradução, introdução e notas de António Graça de Abreu

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Guiné 61/74 - P24874: Agenda cultural (845): A minha festa, em Leça do Balio, no passado dia 18: o lançamento do meu livro "O Universo que habita em nós" (José Teixeira, Matosinhos)


Foto nº 1 > Matosinhos > Leça do Balio > Centro Cultural > 18 de novembro de 2023 > Apresentação do livro "O universo que habita em nós" > "Na Mesa da Presidência, além do autor e do meu filho Tiago estavam o Eduardo Moutinho Santos, camarada e amigo dos tempos da Guiné, e sua esposa, a Maria José"... A sessão foi iniciada com um momento musical.


Foto nº 2 > Matosinhos > Leça do Balio > Centro Cultural > 18 de novembro de 2023 > Apresentação do livro "O universo que habita em nós" > O Eduardo Moutinho, além de ter feito a sua intervenção própria, falando sobre o autor, seu velho amigo e camarada dos tempos da Guiné, também aceitou de bom grado e com grande nobreza ler o texto da apresentação do livro à comunidade, da autoria do nosso editor Luís Graça, que por razões pessoais, não pôde estar presente no evento.


Foto nº 3 > Matosinhos > Leça do Balio > Centro Cultural > 18 de novembro de 2023 > Apresentação do livro "O universo que habita em nós" > Aspeto da assistência: perto de oitenta participantes


Foto nº 4 > Matosinhos > Leça do Balio > Centro Cultural > 18 de novembro de 2023 > Apresentação do livro "O universo que habita em nós" > Outro aspeto da assistência, onde se encontravam muitos amigos e alguns camaradas da Guiné


Foto nº 5 > Matosinhos > Leça do Balio > Centro Cultural > 18 de novembro de 2023 > Apresentação do livro "O universo que habita em nós" > Sessão de autógrafos. Um combatente, vendo-se à sua esquerda o Capitão Leite Rodrigues, da Tabanca de Matosinhos.


Foto nº 6 > Matosinhos > Leça do Balio > Centro Cultural > 18 de novembro de 2023 > Apresentação do livro "O universo que habita em nós" > Sessão de autógrafos. Um jovem amigo que veio de Mira para dar um abraço.


Foto nº 7 > Matosinhos > Leça do Balio > Centro Cultural > 18 de novembro de 2023 > Apresentação do livro "O universo que habita em nós" > Sessão de autógrafos. Familiares. O Prof. Marques dos Santos e esposa.


Foto nº 8 > Matosinhos > Leça do Balio > Centro Cultural > 18 de novembro de 2023 > Apresentação do livro "O universo que habita em nós" > Encontro de amigos. O Dr. Carlos Gonçalves, meu médico assistente e a esposa.


Foto nº 9 > Matosinhos > Leça do Balio > Centro Cultural > 18 de novembro de 2023 > Apresentação do livro "O universo que habita em nós" > O Prof. Nuno Carvalho que colaborou nas campanhas de angariação de fundos poços de água, na Guiné.


Foto nº 9 > Matosinhos > Leça do Balio > Centro Cultural > 18 de novembro de 2023 > Apresentação do livro "O universo que habita em nós" > A Armanda em amena cavaqueira com o Eduardo e a esposa, Maria José


Foto nº 10 > Matosinhos > Leça do Balio > Centro Cultural > 18 de novembro de 2023 > Apresentação do livro "O universo que habita em nós" > O escritor e combatente José Ferreira, à esquerda, e um amigo de infância.

Fotos (e legendas): © José Teixeira (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Capa do livro
José Teixeira


1. Mensagem do nosso amigo, camarada e escritor José Teixeira (Matosinhos):

Data - segunda, 20/11/2023, 21:34
Assunto - Apresentação do livro

Passou o dia, passou a romaria,

...mas ficou um coração deslumbrado pela amizade que me rodeou, e carregado de belas e esfuziantes emoções.

Assim foi a linda tarde de sábado passado no Centro Cultural de Leça do Balio, no lançamento do meu livro – !O Universo que habita em nós".

O Salão Nobre de Leça do Balio estava praticamente cheio. Cerca de oitenta pessoas, amigas e amantes da leitura de bons livros, quiseram honrar-me com a sua presença.

Na Mesa da Presidência, além do autor e do meu filho Tiago, estavam o Eduardo Moutinho Santos, camarada e amigo dos tempos da Guiné e sua esposa, a Maria José, que eu tive o gosto de conhecer e admirar pela coragem de ir passar o Natal de 1969 com o marido e com a comunidade militar estacionada no Sul da Guiné. Uma presença feminina, apenas com 19 anos que deu uma vida nova ao último Natal que passei na Guiné.

Ausente da mesa, mas com lugar reservado no meu coração e de alguns dos convidados, estava o Luís Graça, que por razões pessoais, não pode estar presente para fazer a apresentação do livro à comunidade, tendo delegado no Eduardo Moutinho essa tarefa.

Com a sala cheia e o meu coração a transbordar de emoções, iniciou-se a Sessão de apresentação do livro, com dois trechos de música clássica, que os jovens alunos da Escola de Música, Teatro e Artes da Paróquia de Custóias nos presentearam.

De seguida, o Eduardo Moutinho, falando em seu nome, contou um pouca das suas vivências com o autor desde os tempos em que foi seu comandante em Empada na Guiné, já lá vão cinquenta e quatro anos.

A apresentação do livro remeteu-a para o texto que iria ler a seguir, por mandato, do amigo comum, Luís Graça, que segundo ele, diz tudo sobre as quinze histórias contidas no livro.

Obrigado, Eduardo, pelas tuas palavras e pela profunda amizade que nos une desde há longo tempo e tem vindo a ser enriquecida pelos anos fora.

Sobre o Luís Graça e antes de transcrever, com a devida vénia, as palavras que escreveu, quero afirmar e ao mesmo tempo agradecer a sua amizade, e por ter sido um dos principais responsáveis pela minha caminhada pela escrita dentro.

Mal nos conhecemos em 2005 e logo comecei a escrever por sua “pressão” para o Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné. Foi num pós-jantar em casa da sua cunhada, de saudosa memória na Madalena – Gaia, juntamente com um grupo de combatentes: O Marques Lopes, o saudoso Xico Allen, o Albano Costa presente na sala, e seu filho. Nunca mais me largaste Luís, e por isso, te estou mais uma vez muito grato.

Um chi-coração muito apertadinho para ti, meu “ermon”, e para a Alice, tua querida companheira das longas aventuras da vida.

Para entender a sua mensagem, nada melhor que transcrever o texto que o Luís teve a amabilidade de escrever. 
[Será apresentado aqui em próximo poste, como nota de leitura (LG).]

A Maria José, esposa do Eduardo, dissertou sobre o papel da mulher na sociedade, e a forma como eu enquadro as mulheres, pela positiva, no livro que escrevi.

Seguiu-se um momento musical.

De seguida o autor encerrou a Sessão, agradecendo aos intervenientes, aos presentes e ausentes, alguns por doença, outros por afazeres ou compromissos assumidos.

Seguiu-um Porto de honra e convívio entre os presentes.

A todas as pessoas que me honraram com a sua presença, e sobretudo os camaradas da Guiné, a minha profunda gratidão

José Teixeira
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Nota do editor: 

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Guiné 61/74 - P24857: Lembrete (45): Convite para o lançamento do novo livro do nosso camarada José Teixeira, "O Universo Que Habita Em Nós", a levar a efeito no próximo dia 18 de Novembro de 2023, pelas 16h30 horas, no Centro Cultural de Leça do Balio, sito no Largo do Mosteiro de Leça do Balio

C O N V I T E

Mensagem do autor:

Cada um de nós ao nascer, transporta dentro de si um Universo a construir – a sua vida. Com o desenrolar do tempo e com a ajuda ou desajuda de quem nos rodeia – Mãe, pai, avós, mestres, professores, amigos, vizinhos e colegas do café e tantos outros agentes educativos – vamos desenvolvendo as nossas capacidades, formando o nosso carácter, estabelecendo a nossa forma de ser e estar na vida, ou seja, construído o nosso Universo pessoal.

As histórias que vos ofereço neste livro, ajudam cada um(a), a compreender este fenómeno maravilhoso da vida, como escreve o Prof. Júlio Machado Vaz, com candura, transparência e doçura.

Com um abraço de amizade
José Teixeira


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Notas do editor:

Vd. poste de 4 DE NOVEMBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24823: Agenda cultural (844): Convite para o lançamento do novo livro do nosso camarada José Teixeira, "O Universo Que Habita Em Nós", prefaciado pelo Prof. Júlio Machado Vaz, a levar a efeito no próximo dia 18 de Novembro de 2018, pelas 16h30 horas, no Centro Cultural de Leça do Balio, sito no Largo do Mosteiro de Leça do Balio, com apresentação a cargo do Prof Luís Graça

Último poste da série de 10 DE JANEIRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P23969: Lembrete (44): Lançamento do livro "ANTIGOS COMBATENTES, Humilhados e Abandonados", por José Maria Monteiro, dia 14 de Janeiro de 2023, pelas 12,00 horas, no Manuela Borges Eventos, Rua Principal Fonte do Feto, 2835, Santo António da Charneca - Barreiro

sábado, 4 de novembro de 2023

Guiné 61/74 - P24823: Agenda cultural (844): Convite para o lançamento do novo livro do nosso camarada José Teixeira, "O Universo Que Habita Em Nós", prefaciado pelo Prof. Júlio Machado Vaz, a levar a efeito no próximo dia 18 de Novembro de 2023, pelas 16h30 horas, no Centro Cultural de Leça do Balio, sito no Largo do Mosteiro de Leça do Balio, com apresentação a cargo do Prof Luís Graça

C O N V I T E


Mensagem do autor:

Cada um de nós ao nascer, transporta dentro de si um Universo a construir – a sua vida. Com o desenrolar do tempo e com a ajuda ou desajuda de quem nos rodeia – Mãe, pai, avós, mestres, professores, amigos, vizinhos e colegas do café e tantos outros agentes educativos – vamos desenvolvendo as nossas capacidades, formando o nosso carácter, estabelecendo a nossa forma de ser e estar na vida, ou seja, construído o nosso Universo pessoal.

As histórias que vos ofereço neste livro, ajudam cada um(a), a compreender este fenómeno maravilhoso da vida, como escreve o Prof. Júlio Machado Vaz, com candura, transparência e doçura.

Com um abraço de amizade
José Teixeira


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Prefácio do Prof Júlio Machado Vaz

Se me pedirem para resumir estes textos numa só palavra eu não hesito na escolha – candura. E errado estaria quem a associasse à ingenuida­de, ela veio-me ao espírito de braço dado com outra – transparência…

…Por isso não me surpreendeu que da madura escrita infantil jorrasse, a céu aberta ou clandestina, uma idealização da figura feminina, ves­tida de mãe, madrinha de guerra ou mulher, mas sempre amada por cuidadora e ternurenta, nem a traição a faz descer do altar ao qual se confessa a dor por lhe ter virado costas e futuro. Essa sombra proteto­ra, indiferente ao género, permeia as estórias de quem acompanha os sem abrigo e lhes ouve as narrativas de vida, com pudor escondidas por trás dos consumos escancarados de álcool e (outras) drogas, sin­gela homenagem aos que, crentes ou não, amam o próximo depois de dias frenéticos de trabalho.

E porque o autor não esconde, na obra que nos ocupa ou no currículo, o derriço pela poesia, apetece-me fechar o círculo com rima fácil, típica de quem não verseja – juntar doçura à candura. Porque, mesmo ao abordar os quotidianos mais duros, estas páginas cultivam o registo meigo de quem os revisita dorido, mas pacificado; sem fímbria de aze­dume. Talvez seja esse o maior mérito deste livro – conduzir-nos, como indivíduos e membros de uma sociedade feroz, interesseira e geradora das maiores e mais cruéis desigualdades, a um espelho - cândido; im­placável; menineiro.

Júlio Machado Vaz



DETALHE DO LIVRO

Título: O Universo Que Habita em Nós
Autor: José Teixeira
Editora: Astrolábio Edições
Data de publicação: 2023-09-28
Dimensões: 15x23 cm
Páginas: 230
Encadernação: Capa mole
ISBN: 978-989-37-6094-9
Género: Ficção
Idioma: PT

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Notas do editor

Vd. poste de 19 DE OUTUBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24772: Agenda cultural (842): Pré-apresentação do novo livro do nosso camarada José Teixeira, "O Universo Que Habita Em Nós", prefaciado pelo Prof. Júlio Machado Vaz

Último poste da série de 23 DE OUTUBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24786: Agenda cultural (843): Doclisboa - 21º Festival Internacional de Cinema: 25 de outubro, 4ª feira, às 10h30, na Culturgest, Pequeno Auditório, projeção do documentário português (119'), "Fogo no Lodo", filmado na aldeia de Unal, a sul de Buba, seguida de debate com os realizadores, Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca